Saúde e Média

Crianças que passam mais tempo a ver TV têm mais problemas na escola

As crianças pequenas que passam muito tempo em frente à televisão podem enfrentar problemas na escola no futuro, com menores notas em matemática e intimidação por parte dos colegas, segundo estudo canadense publicado na edição de maio da revista Archives of Pediatric and Adolescent Medicine. Além disso, avaliando mais de 2 mil crianças, os pesquisadores observaram que aquelas que passam mais tempo vendo TV aos dois anos são mais gordinhas aos dez e consomem mais refrigerantes e fast food. Os resultados indicaram que cada hora adicional por semana de televisão em 29 meses corresponderia a uma queda de 7% na atenção na sala de aula, de 6% nas habilidades matemáticas e de 13% nos níveis de exercícios das crianças. E esse tempo extra também foi associado a crianças com 10% mais hipóteses de serem intimidadas pelos colegas e com 5% mais peso, comparadas àquelas que seguem as recomendações da Academia Americana de Pediatria - de nenhuma exposição à TV antes dos dois anos e de menos de duas horas diárias após os dois anos. “Os resultados apoiam sugestões anteriores de que a exposição precoce à televisão prejudica a atenção”, escreveu a pesquisadora Linda Pagani, líder do estudo. Os especialistas acrescentam, ainda que crianças que passam mais tempo a ver TV e menos tempo a brincar com outras crianças podem perder oportunidades valiosas de aprender competências sociais. • leia mais sobre TV e saúde em Boa Saúde • leia mais sobre o estudo em AP&AM (em inglês)





 

AS CRIANÇAS E A INTERNET

A Associação Médica Americana, Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, publicou os resultados de uma pesquisa que revelou que o uso patológico da internet aumenta a probabilidade de um adolescente vir a desenvolver depressão. Mais de mil adolescentes chineses sem evidências de transtornos psiquiátricos foram acompanhados ao longo de 9 meses com aplicação de escalas de ansiedade, depressão e de avaliação do padrão de uso da internet. Essa última escala é baseada em conceitos e comportamento encontrados no transtorno de jogo patológico e envolvia perguntas como: “ Qual a freqüência que você se sente nervoso ou deprimido quando fica fora da rede e os sintomas logo melhoram quando volta a ficar conectado?”. A maioria dos adolescentes (93.6%) foi classificada como usuários normais e 6.4% deles apresentavam perfil de vício moderado ou severo. O uso mais comum da internet foi para diversão (45%), seguido por busca de informação (28.1%) e comunicação com amigos (26.4%). Os adolescentes com comportamento patológico tinham uma tendência maior a usar a internet para diversão do que para busca de informação. Após os 9 meses de acompanhamento, 8.4% dos adolescentes apresentaram scores altos na escala de depressão e esse risco era mais de duas vezes maior entre aqueles considerados viciados na internet. O uso patológico da internet tem sido reconhecido como um comportamento que está associado a sinais e sintomas comuns a outros tipos de vícios. Os estudos têm demonstrado crescentes índices desse problema que afecta mais frequentemente os meninos, especialmente aqueles com personalidade introvertida. Esses números chegam a uma prevalência de mais de 10% dos adolescentes, dependendo da população estudada. Várias condições clínicas têm sido associadas ao uso excessivo da internet como é o caso de comportamento agressivo e depressão. O actual estudo deu uma grande contribuição ao corpo de evidências que já existia sobre a relação entre vício na internet e depressão por ter sido seguido os adolescentes ao longo dos meses, o que favorece qualquer tipo de conclusão do tipo causa e efeito. Conceitualmente, a dependência à Internet é vista como um transtorno compulsivo-impulsivo que envolve o uso exagerado da rede de computadores e já se reconhece pelo menos três variantes principais de vício: jogos, conteúdo sexual e correio eletrônico. Essas diferentes variantes têm quatro características em comum: 1) uso excessivo,…

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